quarta-feira, 16 de março de 2011

Ela já não se encontrava em seu próprio corpo, suas sensações estavam extasiadas, submersas em um outro plano. Ela já nem raciocinava mais, apenas sucumbia. Uma dor a invadia, a arrasava, ia embora e voltava, incansavelmente. As batidas do seu coração a surrava, de maneira que ela sentia uma necessidade urgente daquela droga de novo. Ela estava alterada, seu humor andava bipolar demais. Pessoas ao redor começaram a perceber uma significativa mudança em seu comportamento. Ela sorria, mas uma lágrima lhe escorria no canto do olho, simultaneamente. Ela estava desequilibrada, embriagada. Sentiu-se uma inútil, deixou-se levar sem fazer absolutamente nada. Ela tentou reagir, mas foi mais forte que ela. A mesma se julgou fraca, pois tinha perdido a batalha, tinha perdido o raciocínio. Mente vazia, era inútil a aconselhar, orientar, lhe tirar daquele vício. Ela estava envolvida demais, esse foi seu erro. Ela não mais consumira a droga, mas sim, a droga a consumira. Ela estava envolvida, apegada, anestesiada, simplesmente apaixonada. Ela estava drogada com as piores das drogas: a paixão.

não se drogue e deixe estar.


por: Helena Mendonça. dia 16/03/11

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