domingo, 19 de dezembro de 2010

suave desejo, doce veneno.

Meus pensamentos fazem sentido quando uma lembrança traduz toda a saudade que me completa tentando disfarçar a sua ausência.

Mal sabe ela que o seu perfume é insubstituível e que seu beijo é inigualável. Parece que tem vida própria. E tem. Ainda vive em minha boca, ainda vive me atormentando.

O sal suave da lágrima que percorre o meu rosto me traz de volta o mesmo gosto das lágrimas que eu chorei de felicidade por ter te conquistado, nem que tenha sido por um breve momento.

O mesmo vento que chega aqui e brinca com o meu cabelo, foi o mesmo que te levou pra longe de mim.

E essa distancia tão cruel e tão absurda, faz com que meus pensamentos voem até você, numa tentativa pagã de querer ter o que não nasceu pra me pertencer.

Não sei se amor seria a palavra mais adequada pra expressar tudo o que eu sinto por ti. Pra ser sincera, acho que o que eu sinto é indizível, inexplicável.

Mas tenho certeza que posso traduzir tudo o que me domina num olhar, num beijo, num abraço. Manifestações sinceras e diretas, para que não haja qualquer tipo de dúvidas.

Fecho os olhos tentando te trazer de volta pra mim. Tentando resgatar todo aquele momento (intenso) de paixão e euforia.

Fico aqui saboreando aquele sabor do êxtase da explosão de sentimentos resumida em um beijo.

E a esperança, (ah traidora esperança!) faz com que eu esqueça uma parte de mim, pra esperar que você chegue pra me devolver: meu coração.

E ainda que mal eu conviva com meu próprio ciúme, eu ainda sinto o sabor do teu perfume.

“Eu não sei o que me domina
E mesmo assim não penso em me livrar
Num fascínio de alma gêmea
Você em mim constrói o seu lugar

O amor se fez me levando além onde ninguém mais
Criou raiz, ancorou de vez, fez de mim seu cais
Lendo a rota das estrelas

Nesse abraço se fez um ciclo
Que não tem fim e é todo o meu viver
É como alcançar o infinito
Reflete em mim e volta pra você

O amor se fez me levando além onde ninguém mais
Criou raiz, ancorou de vez, fez de mim seu cais
Lendo a rota das estrelas

O amor surgiu como um em mil, por você eu vim
E assim será a me conduzir, sem mandar em mim
Como o vento e o barco a vela, que nos leva sem fim”

[Música: Ciclo – Jorge Vercilo.]

Texto: Helena Mendonça.

Um comentário:

  1. Aiiiii, me deu até um friozinho na espinha. Completamente perfeito para quem se trata! Demais mesmo. Amo você, suapipa <3

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